Artista plástico realiza sua segunda exposição na Capital com gravuras e pinturas produzidas nos últimos dois anos
Nos dias 22 e 23 de junho, quarta e quinta-feira, o artista plástico Camilo Silva realiza nova exposição em Florianópolis: “Aqui. Agora. Grato.”, que reúne gravuras em nanquim e pinturas em tinta acrílica criadas nos últimos dois anos. A exposição estará aberta ao público na rua Anita Garibaldi, 246, das 18h às 22h, com entrada gratuita. Depois, as obras poderão ser visitadas com hora marcada em seu ateliê, na Victor Meirelles.
Esta é a segunda exposição dele Florianópolis. Apesar de não ser de família de pais artistas, desde pequeno aprecia arte e acompanha o trabalho do irmão, o também artista plástico Pedro Silva. Iniciou faculdades de publicidade, design, relações públicas e psicologia, e o seu negócio era criar objetos com os garimpos que fazia, apesar de ainda não se ver como um artista. Em 2018, Camilo Silva criou esculturas com peças descartadas numa empresa de ônibus. As obras foram soldadas, pintadas com verniz automotivo e mostravam novas perspectivas para o uso da matéria. “Mecanisbus” apresentava o mundo em vários lados, diversas versões e infinitas possibilidades. No ano seguinte, abriu o Ateliê 389, na Victor Meirelles, que ajudou a dar uma cara nova para a vida noturna da região, que hoje é uma das mais bombadas da Capital. Criador do movimento de conscientização Bituca é Lixo, Camilo Silva é também um agitador cultural.
Desde o início da pandemia, o artista começou a trabalhar com tinta nanquim e fez uma série de gravuras que, reunidas, formam a nova exposição “Aqui. Agora. Grato.” A mostra reúne 24 gravuras em nanquim e 12 pinturas em tinta acrílica nas quais o ele explora as múltiplas possibilidades das formas orgânicas.
“Esta exposição é um compilado destes últimos dois anos. Como artista feliz e aceito que agora me enxergo, no “Aqui. Agora. Grato.” quero dividir, mostrar estas produções para todos que vierem prestigiar e conhecer meu trabalho pessoalmente. É um novo ciclo que se abriu nas minhas criações, quando passei a materializar a minha arte de forma imagética. Eu já tinha começado a minha carreira artística com uma exposição, que foi linda, um documento importante desta minha trajetória, com esculturas do projeto Mecanisbus. Fiquei um tempo ali, trabalhando nestas composições, instalações, móveis, luminárias. Nos últimos dois anos, fui trabalhando de outra forma, com o pincel e a tinta”, diz o artista.
Suas telas levam a diversas leituras, permitindo ao espectador concluir, a partir do seu próprio olhar, os caminhos propostos por cada obra. São criações experimentais, dinâmicas e intuitivas, que dialogam entre si e estabelecem laços, criando conexões entre a obra e quem as vê.
Mais informações pelo @camilosilvaart
Foto em destaque: Renata Larroyd Fotografia