Três amigas do yasss celebram o retorno do Carnaval depois de dois anos de pandemia

Uma das lembranças mais tristes que tenho é da terça-feira de Carnaval em Florianópolis em 2022. A região da Victor Meirelles e da Hercílio Luz, no Centro, normalmente uma das mais agitadas nessa época do ano, estava vazia, com um ou outro bar aberto. Se no ano passado os blocos de rua foram proibidos na Capital catarinense, em 2023 eles voltam com tudo e quem é de Carnaval mal pode esperar. Nesse ano, ao invés de listar bloquinhos e festas, o yasss convidou três amigas para comentar como irão curtir o feriado mais alegre do ano. Nos vemos no bloquinho!

Luiza Machado, jornalista

Luiza Machado, jornalista
Foto: Yasmine Holanda

Depois de tanto tempo sem poder comemorar o Carnaval em Florianópolis do jeito que eu realmente gosto – com multidão, música alta e cheiro de cerveja no ar – o meu plano sem dúvidas é aproveitar ao máximo o que a rua tem a oferecer. Como moradora e entusiasta do Centro, a princípio concentrarei a programação na região, onde o charme das construções antigas merece ser ocupado por todos de forma democrática. Na quinta-feira, o Enterro da Tristeza, que passa pela Av. Hercílio Luz, vai iniciar as festas com um significado ainda maior pelo que vivemos nos últimos anos. Também é por ali que me encontrarei na sexta-feira, onde terá o bloco do Rios. O momento mais esperado por mim é sábado, em que a maior parte da cidade se concentra em cada rua existente do Centro para o Bloco dos Sujos. É quando capricho mais na fantasia, (tento) encontrar todos os amigos e não tenho hora para voltar para casa. Domingo é dia de recarregar as energias em casa ou, quem sabe, ir para Santo Antônio de Lisboa curtir um show ao ar livre. O bairro, inclusive, é uma ótima pedida para a segunda-feira, quando ocorre o desfile dos blocos. Nesse caso, a minha dica é o Baiacu de Alguém, um dos mais tradicionais de lá e no qual eu desfilo desde pequena. Depois de tantas festas até a quarta-feira de cinzas, terei a certeza de que nada se compara à alegria de um Carnaval bem vivido.

Maria Mercadante, da We Plant (que, aliás, está com acessórios lindos e florais para o Carnaval!)

Maria Mercadante, da We Plant
Foto: Lucy Hallak

Os dois blocos que rolaram nesse final de semana, Ponte que Pariu e Ciclo Bloco, foram tão incríveis que duvido os outros superarem! Foi lindo, no Ponte que Pariu, passear por todo o Centro Histórico com a Fanfarra da Ponte tocando! Amo Carnaval e achei demais a ideia de começar cedo, foliar durante o dia e às 20h já estar sambada e satisfeita em casa! Ahahahaha

Nessa semana tem ensaio da União da Ilha da Magia, na Lagoa da Conceição, na quarta-feira. É meu bloco do coração! Na sexta, tem os blocos Afro todos unidos no Centro, com Cores de Aidê, Africatarina, Arrasta Ilha e Baque Mulher. A mulherada toda reunida batucando juntas é emocionante! No sábado, o Bloco dos Sujos + Pauta Que Pariu no Centro também promete! Aliás, importante ressaltar a segurança, vários celulares sendo roubados durante a noite no Centro! Domingo, o Onodi no Campeche é a melhor escolha e quem sabe rola até um banho de mar depois para aguentar o calor! Acho que podíamos muito trazer algumas atrações para perto da praia e aproveitar esse presente divino que é morar na Ilha!

Emanuella Wojcikiewicz, arquiteta

Emanuella Wojcikiewicz, arquiteta
Foto: Cintia Domit Bittar

Para mim o grande delírio do Carnaval é essa sensação que já se sente de retomada do encantamento coletivo nas ruas, como que por direito ao que nos foi tomado depois de 4 anos obscuros, sendo que a metade destes, pandêmico.
A pedida será se purpurinar, brilhar e acompanhar os bloquinhos espalhados nos pontos históricos do Centro de Floripa. Destes, o que mais me encanta no Carnaval em Florianópolis é o Pauta que Pariu na Escadaria do Rosário e São Benedito, onde a turba de jornalistas, intelectuais e festivos da vida em geral celebram – e exorcizam entre brindes de cerveja as dificuldades políticas enfrentadas e o direito à folia.

Viver e não ter a vergonha de ser feliz é a regra, é um direito, um dever e um devir.