Gastrônoma acaba de lançar um curso online para quem quer ter mais autonomia na cozinha e aprender a colocar mais saúde e sabores no prato
Sabe aqueles perfis no Instagram que postam fotos de alimentos saudáveis tão lindas que te inspiram a comer melhor e a colocar mais cor no prato? O da Malu Cerise é assim. A gastrônoma de Florianópolis é criadora do projeto Comendo Plantas, focado em gastronomia plant based – ou seja, vegana – mas mais que isso: o objetivo dela é promover autonomia na cozinha e nos convidar a botar a mão na massa.
A história da Malu também é inspiradora: ela trabalhava com marketing e moda quando decidiu fazer e vender bolinhos para juntar dinheiro para uma viagem. Ela ainda não era vegana na época, mas queria vender um alimento que todos pudessem comer. Depois, acabou sendo desligada da empresa e, enquanto buscava novos caminhos, não se enxergou mais na antiga área. Foi quando pensou em entrar no curso de gastronomia para aprender mais receitas além do bolinho – e fazer disso uma nova fonte de renda.
Durante o curso, já buscava adaptar técnicas mais tradicionais para as versões veganas. Com o tempo, além de aderir à alimentação sem ingredientes de origem animal, também começou a focar em comidas naturais e saudáveis.
“Hoje tenho isso como premissa de vida, desde o vinho que tomo até as escolhas por produtos locais e sustentáveis. E o Comendo Plantas nasceu da vontade de ensinar. Sabia que queria aprender algo para botar em prática e então transformar aquilo na forma mais simples possível para passar para as pessoas”, explica.

Depois de formada, foi chef executiva em uma empresa e trabalhava cerca de 12 horas por dia. Mas em 2019 o companheiro da Malu foi diagnosticado com câncer e ela percebeu que queria passar mais tempo em casa, ajudando ele nos cuidados com a alimentação e na busca pela qualidade de vida durante o tratamento oncológico. Foi quando criou o projeto, inicialmente para postar as receitas que criava.
“Mas vi que era muito mais que isso. Tinha um motivo pelo qual as pessoas não botavam a mão na massa, há medo, receio, além de um inconsciente coletivo de que o alimento pronto vai ser mais gostoso. E o projeto foi se orientando para isso: uma cozinha afetiva, amorosa, que gera autonomia, liberdade e autenticidade. Minha cozinha é sem ingredientes de origem animal porque esse é o estilo de vida que eu vivo, mas é muito mais que isso. O que eu ensino no Comendo Plantas pode ser aplicado para qualquer realidade. A cozinha é o laboratório da transformação. Você entra com um ingrediente e sai com outra coisa no final. E é essa a transformação que a gente pode causar na sociedade, nas nossas relações, no mundo”, empolga-se (e com razão!).

Para quem quiser acompanhar, há o conteúdo gratuito, postado no Instagram diariamente, mas a Malu também dá aulas particulares individuais ou coletivas (atualmente online) e acaba de lançar o curso Dia a Dia Plant Based, com inscrições abertas pelo Hotmart até o dia 15 de novembro. Serão três módulos em vídeo, com aulas ao vivo pelo Zoom de aproximadamente três horas de duração, que ficarão salvas na plataforma. Ainda conta com apostilas e materiais complementares, como vídeos de técnicas de cortes e criação de bases de sabores.
As receitas parecem apetitosas e, com base em tudo que a Malu cria na cozinha, provavelmente são mesmo. Há panquecas americanas com calda de caramelo salgado, segredos para um estrogonofe vegano perfeito, lasanha integral, risotos, pão de frigideira de milho e outras delícias. Mais informações no Instagram.