Projeto recebe Dandara Manoela e Ubrother neste domingo (27), no Porto da Lagoa

Que tal encerrar o fim de semana apreciando música autoral em uma casa com clima aconchegante, jeito de encontro entre amigos regado a bebidinhas e com direito até a um mimo para o estômago? A primeira edição do Domingo Pede Cachimbo de 2019 será neste domingo (27), a partir das 19h30, no Porto da Lagoa, em Florianópolis, com parceria inédita da cantora, compositora e percussionista Dandara Manoela e do músico Ubrother. 

O evento é uma das iniciativas do Porto das Artes, espaço de artes, terapias e cultura comandado pela psicóloga e arteterapeuta Sayonara Graczyk e por Patricia e Lucas Weber, mãe, filha e filho. Em 2016, a partir do desejo de ampliar os atendimentos individuais, realizados em sua casa, para práticas coletivas, Sayonara criou uma primeira vivência sensorial aberta ao público. Depois, em março de 2017, foi a vez do primeiro evento mensal, o Domingo Pede Cachimbo, que em janeiro chega à 23ª edição e inicia a terceira temporada.

Para nós, não é fácil definirmos o que é o Porto das Artes e qual é a nossa proposta. Estamos há dois anos experimentando ideias e realizando eventos bem-sucedidos, outros nem tanto, e com toda essa carga algumas respostas apareceram naturalmente. Uma delas veio no Domingo pede Cachimbo com Tatiana Cobbett e Fábio Oliveira. No final da apresentação, ao agradecer a nossa hospitalidade, a artista desejou vida longa ao Porto, descrevendo-o como um “espaço de resistência e fraternidade”. Estas duas palavras fizeram muito sentido para nós, e desde então as usamos para começar a explicar o que queremos”, conta Lucas.

Sempre no último domingo do mês, a família abre as portas de casa para receber musicalidade com uma atmosfera intimista, convidando o público a deixar fora as preocupações, abaixar a guarda e levantar os ouvidos para uma experiência de harmonia. O Domingo Pede Cachimbo surgiu da necessidade de criar um espaço dedicado exclusivamente à apreciação musical, um local que motivasse as pessoas a saírem de casa para uma experiência sonora e com conforto – o público pode sentar em poltronas, na cadeira de balanço ou até deitar abraçado em uma almofada.

Cada projeto do Porto das Artes é comandado por um membro da família. O Pede Cachimbo é responsabilidade de Lucas, fotógrafo e produtor cultural, formado em Jornalismo na UFSC. Também tem curadoria do músico Pedro Germer, junto desde o primeiro evento – na época, ele convidou as multinstrumentistas Gika Voigt e Johanna Hirschler para formar o grupo Terracota e apresentar o projeto inédito O Som Inventa Pedro. Até hoje, a primeira edição foi a que recebeu o maior público – 28 pessoas, número alto quando se leva em conta que as apresentações ocorrem na sala de uma casa.

Marissol Mwaba. Foto: Lucas Weber

Desde então, o Pede Cachimbo já recebeu artistas e grupos como François Muleka, Marissol Mwaba, Alegre Corrêa, Caraudácia, A Corda em Si, entre outros. O evento pede uma contribuição de R$ 20 a R$ 30 e os participantes ganham um caldinho orgânico no intervalo da apresentação. Também é permitido levar bebidas. Para quem decidir beber de última hora, há cerveja no verão e vinho no inverno. 

Todos esses mimos conquistam o público e fazem cada um voltar. Tem gente que volta só pelo caldinho. Mas tem muitos que entendem a nossa proposta e a valorizam. Sabem como é escasso em Floripa um local que priorize acima de tudo a imersão na música. Uma casa que se preocupa em criar um silêncio absoluto nos segundos que antecedem o primeiro acorde. Tudo para criar uma tensão. Um nervosismo existente apenas nos grandes teatros ou estreias no cinema”, conta Lucas.

Música boa e caldinho já parecem ótimos motivos para prestigiar o projeto, mas tem outra coisa que ajuda a atrair o público:

“É bem verdade que tem gente que vem só pra fazer carinho no Satiavã, nosso astro-mascote que conquista até os mais antifelinos”, brinca o produtor cultural.

Outros projetos do Porto das Artes

Em 2018, o Porto das Artes saiu de casa e abriu uma nova sede, no Multi Open Shopping, no Rio Tavares. A Sala do Porto das Artes agora recebe novos eventos mensais e a casa continua apenas como o local do Domingo Pede Cachimbo. Desde agosto, o novo espaço recebe o Clube de Leitura, com encontros mensais, sempre na terceira terça-feira do mês, para conversar a respeito do livro eleito pelos próprios participantes na edição anterior. O Clube é comandado por Patricia, devoradora de livros desde que aprendeu a ler, formada em Cinema na UNISUL e estudante de Letras/Português na UFSC.

Também há o Domingo pede Cachimbinho, apresentações artísticas para as crianças no segundo domingo do mês, com curadoria de Sayonara, que tem longa experiência na contação de histórias, tanto ao público infantil como ao adulto. O local ainda é aberto para quem quer realizar oficinas, expressões corporais (coletiva ou individual), exposições, práticas lúdicas, etc. Saiba mais na página do projeto.

A Corda em Si (Fernanda Rosa e Mateus Costa) . Foto: Lucas Weber

Domingo Pede Cachimbo convida Dandara Manoela e Ubrother

Quando: domingo (27), a partir das 19h30
Onde: Servidão Engenho do Porto, 130, Porto da Lagoa, Florianópolis
Quanto: contribuição de R$ 20 a R$ 30, na hora ou via transferência/depósito. Confira os dados da página do evento