Mostra É NOIA! será exibida virtualmente até 13 de dezembro

Vivemos diariamente os impactos da pandemia, com suas consequências no âmbito das relações pessoais, no trabalho, no ensino e na saúde física e mental. Precisamos conviver, sobreviver e viver em meio às condições de isolamento e distanciamento social. Esse cenário inspirou os estudantes do curso de Museologia da UFSC a criar a NOIA, uma exposição curricular virtual que traz um recorte necessário sobre questão da saúde mental dos estudantes no ambiente universitário durante a pandemia. NOIA está em exibição até o dia 13 de dezembro no site exponoia.cfh.ufsc.br e nas redes sociais.

 Trata-se da primeira exposição no país a trazer a temática da saúde mental dos estudantes em meio à pandemia. Diante de todo esse novo cenário de limitações e incertezas, a turma da sétima fase do curso viu a necessidade de reavaliar seus projetos para a disciplina de Prática de Exposição. A priori, a exposição estava projetada para se dar no ambiente físico, nas dependências do campus da universidade. A pandemia, com todas as suas incertezas, inseguranças e imposições de visão e conduta, levou à decisão de realizar NOIA no ambiente virtual. Uma transição que por si só trouxe seus dilemas, desconfortos, dramas e pressões sobre os estudantes envolvidos neste trabalho que trata justamente da saúde mental entre esse público. E todos, todas e todes, de alguma forma, se identificarão. 

NOIA se estrutura em três módulos de “visitação” – “Denunciar”, “Conectar” e “Ocupar”- que retratam a rotina estudantil a partir da ótica do Ensino à Distância – EaD e suas consequências. Nesse contexto, a exposição denuncia e reflete acerca dos agentes estruturantes que são a manutenção das opressões vividas na academia, trazendo também questões sobre ansiedade, desumanização dos espaços de convívio, a precarização do ensino público superior e tudo o que nos oprime enquanto estudantes universitários. 

São abordagens surpreendentes e que levarão o visitante a vivenciar sensações e experiências conflitantes características desse momento, tendo como acervo relatos em primeira pessoa de estudantes de todo o Brasil e especialistas. Uma dessas contribuições vem do Coletivo Arame Farpado, formado por universitários oriundos da periferia do Rio de Janeiro e que usam a arte, o humor, tecnologia, território através do teatro e do audiovisual.