Evento realizado pela Guerrilha Produtora será em 28 e 29 de março
Atualização: O festival foi adiado por conta das orientações das autoridades para conter a disseminação do COVID19. Leia o comunicado aqui.
Florianópolis vem recebendo rolês interessantes liderados por equipes femininas e com apresentações de artistas mulheres. E não é preciso explicar a importância de nós prestigiarmos esse tipo de evento e fazer com que o público também seja formado majoritariamente por mulheres. Nos dias 28 e 29 de março, a Guerrilha Produtora realiza o Festival G, iniciativa inédita com dois dias de shows na Barra da Lagoa e um line-up formado por artistas mulheres, é claro.
No primeiro dia vão tocar Orquidália, Obinrin Trio, IMANI (Dandara Manoela, Marissol Mwaba, Addia Furtado e Anis de Flor), Ana Frango Elétrico, Luedji Luna e Barbara Brum. Já no segundo dia sobem ao palco Luísa e os Alquimistas, JosyAra, Luiza Lian e Liniker e os Caramelows – banda que a Guerrilha Produtora trouxe a Floripa pela primeira vez em 2016. Aliás, com exceção dos headliners de cada dia, a maioria das atrações se apresenta pela primeira vez por aqui.
Entre os shows que valem a pena (difícil escolher quais destacar) está o de Luísa e os Alquimistas, banda que nasceu em Natal (RN) e é liderada pela cantora e compositora potiguar Luisa Nascim. Luiza Lian sozinha no palco com seu parceiro Charles Tixier, em uma apresentação cheia de luzes, também promete ser imperdível. E quem já viu Luedji Luna por aqui pode esperar um show diferente.
O festival é encabeçado pela produtora Ju Baratieri e tem parceria com o Madalena (que vai ficar responsável pelo bar e levar o famoso drink Sapatônica) e com a feira de produtoras Fatto a Femme.
“Tive a ideia de fazer um festival e trazer umas meninas que eu queria muito ver. Mas achei que só unindo elas teria a força necessária para o evento receber bastante gente e dar certo.Sempre quis fazer um rolê só de minas, até antes de ter todo esse negócio de nos ajudarmos”, conta Ju.
Festival é um salto importante para a produtora
Ju Baratieri traz shows legais para Floripa desde 2009, antes de a Guerrilha existir oficialmente. Ela trouxe bandas e artistas inéditos por aqui como Copacabana Club, Holger, O Terno, Duda Beat, Luedji Luna e a própria Liniker. O nome da produtora veio do fato de ela produzir tudo na guerrilha, mesmo – muitos dos shows se pagavam com a bilheteria ou até davam prejuízo.
“Entre os shows inéditos que eu trouxe, o mais marcante foi Liniker. Foi o primeiro show oficial da Guerrilha, fechamos um cachê que pra gente era surreal comparado com outros que a gente já tinha feito, então se tivesse prejuízo iria ferrar bonito. E esgotamos um mês antes. O show foi completamente pago e tudo deu certo, foi lindo e muito marcante”, relembra a produtora que, na época, tinha parceria com Antonio Monte Christo e hoje toca o negócio sozinha, com apoio da companheira Manuela Campagna.
“Pra mim significa um salto absurdo, com muito medo mas muito otimismo, de ele virar um negócio muito legal e maior. É uma filha que está nascendo e que se der certo vai ser lindo. A ideia não é só ter bandas de mulheres, e sim transformar o festival em um negócio de aprendizado, com workshops que treinem meninas para várias funções na música, no backstage e em outros lugares”, finaliza Ju Baratieri.
Quando: 28 e 29 de março, a partir das 17h
Onde: Bar e Restaurante Vereda Tropical – Rua Angelina Joaquina dos Santos, 269, Barra da Lagoa, Florianópolis
Quanto: a partir de R$ 140 passaporte solidário, via Sympla
Foto em destaque: Lara Decker
