1º Festival Lanterna Mágica de Cinema Catarinense – Mulheres da Ilha ocorre nos dias 12, 13, 19 e 20 de fevereiro

Em fevereiro, o Ribeirão da Ilha vai receber um festival de cinema inédito: o 1º Festival Lanterna Mágica de Cinema Catarinense – Mulheres da Ilha. O evento será realizado em dois finais de semana, com atividades gratuitas nos dias 12, 13, 19 e 20. Nesta primeira edição, serão exibidas produções audiovisuais catarinenses realizadas por mulheres, com rodas de conversas depois de cada sessão. O Festival ainda vai promover um encontro de vários tipos de arte, como música, intervenções, exposição de artesãs do bairro e fotografia. Todas as atividades ocorrerão na Velha Guarda Choperia Artesanal, na Freguesia do Ribeirão, com opções de comida e bebida no local. Os ingressos são gratuitos e devem ser retirados pelo Sympla.

“Nosso objetivo é conectar o bairro, um dos mais tradicionais e queridos da Ilha, à produção audiovisual catarinense de mulheres. É um projeto que visa ainda contribuir para a formação de plateia”, conta a historiadora e produtora audiovisual Fernanda Ozório, da Volo Filmes & Fotografia, idealizadora do projeto e membra do Coletivo Lanterna Mágica – também formado por Emanuele Weber Mattiello e Vivian Badofszky (curadoras), Guilherme Luiz Porte (produtor) e Juliano Pfutzenreuter Nunes (direção de produção).

Memórias e Harmonias da Banda da Lapa – foto de Daniel Choma

Entre os destaques da programação está a exibição do documentário “Memórias e Harmonias da Banda da Lapa”, que homenageia a Sociedade Musical e Recreativa Lapa, que tem 125 anos de história e nasceu no próprio Ribeirão da Ilha. Será o primeiro filme exibido no Festival, no dia 12, a partir das 20h. Depois, haverá apresentação da Banda da Lapa. Também estão na programação Baile, de Cíntia Domit Bittar, e “Nos habíamos amado tanto y detestado sin pudor”, de Solana Llanes, entre outros. A programação completa está no Instagram do Festival.

Coletivo vai oferecer um espaço continuado de cinema no Ribeirão

Apesar de receber eventos culturais bacanas, ainda que esporádicos, o Ribeirão da Ilha ainda não tinha nenhum espaço continuado de cinema. O Festival, selecionado pelo Edital Aldir Blanc 2021, é apenas a primeira iniciativa do Coletivo Lanterna Mágica, composto por um grupo de artistas e profissionais de Florianópolis e criado para fomentar a pluralidade das artes e sensibilizar sobre temas sociais urgentes. Em 2022, também está prevista a inauguração do Cineclube Lanterna Mágica, que vai promover exibições de filmes e outras ações no bairro. 

Nos habíamos amado tanto y detestado sin pudor

Além de formação de plateia, um dos objetivos do Coletivo é aproximar a comunidade da cultura audiovisual e de outras manifestações artísticas, e ainda dar voz e espaço a temas importantes:

“Ações como essa, que destacam e valorizam as mulheres no setor audiovisual, por mais singelas que possam parecer, têm um poder de transformação e resistência enorme. Por meio da arte, podemos tocar em assuntos urgentes para a comunidade”, diz a curadora Emanuele Weber Mattiello.

Uma curiosidade: O nome escolhido para o Festival, Lanterna Mágica, remete à primeira sessão de projeção de imagens em movimento na Desterro de 1785, quando foi o único povoado do Brasil a receber uma projeção por meio da “lanterna mágica”, um equipamento trazido pelo navegador La Pérouse. 

Imagem em destaque: Filme Estilhaços/Divulgação