Bióloga Fernanda Ril, da Terra Floral, dá dicas para quem quer ter as plantas certas dentro de casa
Nesses tempos recentes de isolamento social, muitos aproveitaram para aprender a fazer pão, outros optaram por aprimorar conhecimentos diversos em cursos online e teve ainda quem se dedicou às plantas. Mais do que nunca, pipocam no Instagram imagens de apartamentos cheios de verde, e elas passaram a ser item obrigatório na sala de qualquer jovem adulto (e na cozinha, no quarto e até no banheiro). Se for uma “planta Pinterest”, ou seja, alguma espécie que esteja na moda, melhor ainda. Acontece que, antes de levar mais um exemplar das populares Ficus lyrata, Monstera deliciosa, Begonia maculata ou outras plantas para dentro de casa, é preciso atenção.
Assim como qualquer outro ser vivo, cada uma precisa de cuidados específicos para viver bem. Para quem é do time que adora plantas, a bióloga Fernanda Ril, da Terra Floral, de Florianópolis, tem feito um trabalho bacana de conscientização sobre a importância da pesquisa prévia antes de adquirir uma vida verde, conhecendo o ambiente e também as necessidades da espécie antes do momento da compra.
Fernanda abriu recentemente um ateliê no Centro de Florianópolis, junto à Viva Colaborativo, e trabalha com kokedamas, quadros com flores prensadas e plantas, claro. O atendimento se diferencia das floriculturas comuns: quem compra com ela leva para casa todas as informações necessárias para cuidar daquela plantinha da melhor maneira possível.
Para o yasss, a bióloga dá dicas para fazer melhores escolhas e evitar a morte precoce das plantinhas. Veja mais abaixo.

Como escolher as melhores plantas para dentro de casa?
1. Escolha aquelas com necessidades parecidas
Ter várias plantas super diferentes é lindo. Mas, para facilitar a vida, escolher um grupo com as mesmas necessidades poupa tempo, trabalho e salva vidas verdes com absoluta certeza. Plantas com as mesmas necessidades têm cronogramas de regas, adubação e necessidades de luz muito parecidas. Para quem está começando e não quer ficar perdido em “hoje eu rego isso, amanhã eu rego aquilo”, é a melhor decisão.
2. Observe o ambiente
Temos que ter compreensão de que claridade é diferente de luminosidade. A mágica é: a planta certa para aquele ambiente. Há muita confusão sobre locais onde a planta deveria estar na sua casa pela falta de conhecimento do tipo de luminosidade que entra pela janela, a temperatura, ventilação. Antes mesmo de ter plantas, veja o que a sua casa oferece.
3. Quanto mais diferente, mais sensível a planta é
Plantas coloridas (variegadas) são perfeitas para quem quer colorir a casa e fugir do verde total, mas quanto mais colorida, geralmente mais delicada é no cultivo. Isso porque algumas partes coloridas não apresentam clorofila e acabam tendo menos resistência às variações das condições do ambiente (ex. mudança brusca de temperatura, luminosidade escassa ou em excesso, falta ou excesso de umidade).

4. Conheça sua planta
Jardinagem é terapia e para isso não precisa de nenhuma ferramenta sofisticada. Mas é essencial conhecer a sua planta. Isso vale para TODAS, não somente aquela da moda. Como todos os seres vivos, as plantas têm suas necessidades, e entender de onde ela vem ajuda muito a saber se ela pode ir para sua casa ou não. Precisamos saber o que a planta tem no habitat natural e comparar com as condições da sua casa.
5. Deixe a planta ser o que é!
Planta não é decoração, é um ser vivo. Não dá para esquecer de cuidar, mas também não é um bebê que você pega no colo e anda para lá e para cá. Deixe a planta ser planta! Adaptação faz parte e algumas coisas podem não ser um problema tão grave, manchinhas, folhas que ocasionalmente caem… A planta também tem seus processos.
*Conteúdo patrocinado por Terra Floral