Com música brasileira, piadinas e bebidinhas, bar aberto no final de 2021 já é novo ponto de convergência no Centro de Florianópolis

Se faz tempo que você não dá um passeio pela Victor Meirelles, você pode estranhar a fachada de uma das salas do número 138, no simpático e antigo edifício que fica na esquina com a Nunes Machado. Antes casa do Desvio, com parede amarela e ilustrações do artista Galvão Bertazzi, agora ela está pintada de branco, um tanto minimalista, mas muito convidativa. É que desde novembro de 2021 funciona ali o Ponto. Bar & Piadina, empreitada do escritor e editor Fábio Brüggemann e do fotógrafo Caio Cezar, com ajuda da filha de Fábio, a designer Luna. Eles, que sempre estiveram do lado do balcão onde ficam os clientes, aventuram-se profissionalmente pela primeira vez na noite em uma das ruas mais legais do Centro de Floripa. Tem dado certo.

Em janeiro de 2020, quando publiquei uma matéria sobre a abertura do Desvio aqui no yasss, escrevi na linha fina que o espaço continuava como ponto de encontro. Posso dizer o mesmo agora sobre o Ponto., que traz essa vocação até no nome. É aquele lugar que você pode ir desacompanhada e com a certeza de que vai encontrar pessoas conhecidas, o que é uma das coisas mais legais do Centro. O Ponto. ajuda a preencher, de certa forma, a lacuna deixada pelo fechamento do Tralharia, sem deixar os fãs do Desvio com saudades – agora, ele está no número 98 da mesma rua. 

Inclusive, foi o Radji Schucman, do Desvio, que entregou a chave aos amigos, pois procurava alguém para assumir o imóvel. 

“Começou como uma brincadeira. Ele nos deu a chave, mas demoramos cerca de um mês para decidir pegar. Eu sou fotógrafo, tenho uma vida construída em torno disso, ter um bar é uma mudança dramática. Depois, foi rápido, fizemos uma reforma de 45 dias e abrimos”, relembra Caio. 

Foto de Caio Cezar

Além da fachada branca, o chão foi pintado de vermelho queimado, o banheiro ficou verde (mesma cor do banheiro da casa de Caio), o balcão do bar mudou de lugar para dar mais espaço ao salão. Nas paredes, há obras e fotografias selecionadas pela curadora Thays Tonin, além de um painel onde as pessoas podem colar retratos 3×4, uma brincadeira que nasceu muito antes, quando Caio brincava de sonhar com a ideia de ter um bar.

De Fábio veio a ideia de servir piadinas, pãezinhos italianos finos, assados em chapas ou frigideiras, que são servidos com recheios. A cozinha é comandada por ele, que faz a massa e o pesto, e os sabores vão de pera com gorgonzola a pesto, muçarela e tomate – há versão vegana, feita com pesto vegano, abobrinha e tomate. Preço médio: R$ 15. Para beber, tem cervejas (a partir de R$ 10), drinks gin tônica, negroni, dry martini e aperol spritz (todos na faixa de R$ 20 e poucos), uísque, vinhos selecionados pela Terroir Catarina e refri. 

Habitués: a curadora Thays Tonin, Tibor Max, Mandy Justo e Marília Reginato

As playlists, com músicas brasileiras, são assinadas pelo Gustavo Monteiro, com pitacos dos donos do bar. Vale ainda ficar de olho na programação – o espaço já virou reduto da galera da cultura e está aberto para pequenos eventos:

“É um caminho natural do Ponto. O Fábio é editor e escritor. Eu trabalhei em jornal, tive banda. Vai ser espontaneamente um lugar para eventos culturais, a casa está super aberta”, convida Caio.

Ponto.

Onde: Rua Victor Meirelles, 138, Centro, Florianópolis
Quando: de terça a sábado, das 18h à meia-noite
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Foto em destaque: a equipe Caio Cezar, Nanny Souza e Fábio Brüggemann