Vagas são limitadas e exclusivas para pessoas com vacinação completa contra a Covid-19

Lenda da música mundial, o trompetista e compositor Miles Davis é o homenageado da próxima edição do Sexta Jazz AF em Florianópolis. O concerto será apresentado por um quinteto montado especialmente para esta edição, com a participação do pianista Luiz Gustavo Zago (foto em destaque), do trompetista Gabriel Barbalho e do saxofonista Elio Lorenzo Vistel como convidados, além dos músicos e curadores do projeto Tiê Pereira (baixo) e Mauro Borghezan (bateria).  O show será na sexta (5), às 20h, no Piso G3 (estacionamento) do Villa Romana Shopping, na Capital.  

O acesso é gratuito mediante inscrição prévia no site da Aliança Francesa de Florianópolis e por ordem de chegada, a partir das 19h. Para entrar, também é preciso comprovar a vacinação contra a Covid-19: duas doses ou dose única para maiores de 18 anos ou uma dose para jovens entre 12 e 17 anos. Podem ser apresentadas a caderneta ou cartão de vacinação emitido pela Secretaria Municipal de Saúde,  comprovante disponível no aplicativo Conecte SUS ou plataformas integradas à sua base de dados. As vagas são limitadas para respeitar o distanciamento social e o uso de máscara é obrigatório. 

Repertório baseado nos dois grandes quintetos de Miles Davis

A história da música norte-americana certamente seria outra não fosse Miles Davis. Eleito pela Rolling Stone como “o homem que mudou a música”, Miles sempre foi um visionário, músico à frente de seu tempo e que ditou tendências. No jazz, o trompetista e compositor passou por diferentes fases. O bebop e o hard bop, nos anos 1950 e 1960; o jazz fusion nos anos 70 e 80, além do jazz rock e outros estilos. No concerto especial do Sexta Jazz AF, o repertório será baseado na primeira fase do músico (anos 50 e 60), quando ele liderou dois grandes quintetos.

“Miles foi um excelente estrategista. Ele soube muito bem colocar os músicos certos na hora certa para tocar.  A fase mais importante foi quando ele começou a despontar como músico, quando liderou dois grandes quintetos no final dos anos 50 até meados da década de 60. Foi a fase mais jazzística, com a formação mais tradicional de jazz: piano, saxofone, trompete, bateria e contrabaixo. Depois disso ele começou a fazer experimentações, como free jazz, instrumentos elétricos, guitarra, percussão”, diz Tiê Pereira, músico e um dos curadores do Sexta Jazz. 

O primeiro quinteto de Miles era formado, entre outros, por John Coltrane (1926-1967), saxofonista que logo despontou e teve uma carreira meteórica. O segundo tinha em sua formação outro ícone do jazz, o saxofonista Wayne Shorter, atualmente com 88 anos. Para interpretar essa fase de Miles, os curadores Tiê Pereira e Mauro Borghezan convidaram três grandes nomes da cena instrumental de Santa Catarina: Gabriel Barbalho, trompetista cujo modo de tocar tem as mesmas característica do Miles (respiro entre as notas); Luiz Gustavo Zago, pianista que já tem intimidade com a obra no norte-americano; e Elio Lorenzo, saxofonista conhecido pelo toque explosivo e que bebeu muito da fonte do bebop. Mais informações: www.affloripa.com.br

Foto em destaque: Eduardo Ducks