Plataforma ocupa beach club no Norte da Ilha pela primeira vez. Ao yasss, Caetano fala mais sobre o momento da TROOP
Com raízes musicais bem definidas no house e techno contemporâneo de metrópoles como Chicago, Detroit, Nova York e Berlim, a TROOP fez crescer as vertentes desses estilos no Sul, principalmente em Florianópolis, onde nasceu. Nesta quinta-feira (21), a label celebra 8 anos com uma atuação que vai além de festas – hoje, é uma plataforma que conta com podcasts, playlists, gravadora, eventos de pequeno, médio e grande porte, um festival e uma série documental produzida para canais de Stream, a COMMUN Unity tv.
A festa de comemoração de aniversário trará o crew de residentes Caetano, Eduard, Marc-lo, Ney Faustini e Romina, que recebem o nova-iorquino Fred P em seu retorno às terras brasileiras e também à pista da TROOP. Será a partir das 14h, no Le Barbaron, na Praia Brava, Norte da Ilha.
O yasss falou com Caetano, criador da TROOP, sobre o momento:
Fale mais sobre a festa de aniversário. Como foi a escolha do local e o que seria uma pista molhada? kkk
HAHAHAHA, a intenção da TROOP é sempre levar a festa e o estilo de som para lugares que ainda não exploramos e, se já exploramos, mudá-lo, não só o layout, mas para a experiência de quem escolhe passar essas horas com a gente. Assim como a maioria das locações por onde já passamos com a TROOP, o Le Barbaron sempre foi uma coisa meio “um dia tem que ter”, porque né, beira de praia, pôr do sol, nascer de lua, combina com a frequência que a gente quer durante uma festa.
Sobre a pista molhada hahaha, é um trocadilho de que a pista da TROOP é bem única, quente e especial, a galera vem para se divertir mesmo e sempre com aquele ar de que foi maravilhoso e intenso, molhada de tanto dançar e curtir.
A TROOP nasceu em 2012. Por que decidiu pular 2 anos e comemorar 8 ao invés de 10 anos?
Seguindo a ordem cronológica das coisas. Infelizmente, a festa de 7 anos com os artistas San Proper e Move D não pudemos realizar, assim como N eventos no mundo todo. Acabamos parados no tempo do mundo digital e seguimos como se aquela tivesse realmente sido a última festa de aniversário.
A forma de ver o tempo mudou bastante com tudo isso né? Tudo tão acelerado, tanta informação, tanta coisa acontecendo… acho que chegou a hora de a gente repensar um pouco o como usamos ele…
Na comemoração de aniversário, a TROOP volta às origens com uma festa diurna. Podemos esperar mais festas nesse formato?
Sim! Com certeza! Explorar as transições de clima estão na meta para os próximos anos. Com certeza não abandonaremos as night parties, mas a preferência para as próximas edições que vão acontecer durante o ano tende a ser aproveitando todos os momentos.
O que está previsto no calendário para o próximo ano?
Estamos trabalhando mais a ideia do Showcase, que é o crew se apresentando com outras festas e lugares, dando uma viajada pelo Brasil e eventos menores. Com certeza teremos menos TROOPs do jeitão oficial que ela é durante o ano. O retorno do nosso festival e a série Commun Unity também vem com gás total, além de outros projetos que estavam engavetados por aí.

Existe alguma preocupação em incluir mais mulheres no line up das festas?
Acho que essa é uma preocupação que é natural, não é vista como se fosse uma obrigação, sabe? Se observar bem nossos line ups desde o início do projeto, claro que em número menor, mas sempre tivemos mulheres na cabine. Uma questão interessante de se analisar é a quantidade de mulheres tocando hoje em dia e a de cinco anos atrás, por exemplo. Nosso time de residentes hoje conta com Romina, Lycra Preta e Brune, além de Ney Faustini, Ale Reis, Eduard, Marc-lo e eu. Acho que a grande sacada aqui era ter pessoas, profissionais mais próximas, que passam a atmosfera que a festa quer transmitir também. Vejo que o line up tem que ser coerente com a proposta do evento em si: de dia, quem é o headliner, de noite, de que horas até que horas, bem arrumadinho dá pra tudo acontecer.
Pode relembrar algumas edições icônicas e lugares já ocupados pela TROOP aqui em Floripa?
Sempre que eu encontro alguém que fala: “nossa, aquela TROOP foi foda heim?”, eu sempre respondo: você vai ver a próxima… hahaha.
Tento sempre olhar o que deu certo, o que deu errado e trazer esses pontos para ir melhorando a experiência para todo mundo. Sempre digo que a última TROOP foi a melhor, mas acho que a vinda do Moodymann na Alameda Casa Rosa foi um divisor de águas, pois a casa não aceitava festas externas há um bom tempo, muito menos de música eletrônica, então foi uma junção de muitas tribos.
A festa no Bar do Deca com o Fred P tocando por oito horas, com uma chuva infinita durante a noite, a galera descendo de jipe e depois aquele nascer do sol na beira da praia Mole, inexplicável.
Todas as festas de Réveillon foram sempre especiais, porque vem gente de todos os cantos do Brasil, o line up sempre é muito agradável, também com parceiros e parceiras de longa data do projeto, além de ter mais de uma pista, então agrada todos os ouvidos.
E né, as festas de aniversário, a gente sempre cuida com muito carinho para ser especial, não importa para quantas pessoas sejam. Nesta edição especial de 8 anos, escolhemos diminuir o número de pessoas e focar na música que a gente tanto ama. Juntamos o crew que estava podendo na data e por milagre conseguimos trazer o cara que representa muito do que o projeto quer passar para as pessoas, que é alegria, bem estar, curtição, coisa nova, clássicos, pressão, tranquilidade, um mix de todos os tipos de sensações boas que um ser humano pode ter em uma festa.
Os ingressos para a festa de 8 anos da TROOP estão à venda pelo Shotgun.